Tchê Barbaridade e Garotos de Ouro lotam CTG


Amigos, por muitas vezes, noticiei aqui a presença de grupos “tchês” em CTGs. E volto a fazê-lo. Só que agora é para festejar. Quem não foi à Sociedade Gaúcha de Lomba Grande, em Novo Hamburgo, ontem, nunca vai saber o que perdeu. Infelizmente, não consegui ficar até o final. Acompanhei apenas parte do baile. E claro, dancei muito! A noite era de festa e vou explicar as razões: é que dois grupos tidos como maxixeiros resolveram voltar às origens, vestir a bombacha e tocar a boa música campeira e de raiz. Eles são o Garotos de Ouro e o Tchê Barbaridade.

Acompanhei quase todo o baile com o Tchê. E olha, há muito tempo não via tanta competência no palco. O repertório todo lembrava qualquer coisa, menos aquele estilo suingado pra onde o grupo se bandeou, em busca do público jovem. Era música campeira mesmo. E com uma vantagem: tocada por artistas extremamente profissionais, que começaram sua carreira exatamente assim: dentro dos CTGS. E é para os CTGs que eles agora estão voltando. Claro, a pilcha não era rigorosamente a gaúcha. Faltou um lenço aqui, uma camisa mais discreta acolá. Mas o que valeu foi a essência musical. E foi bonito de ver jovens e adultor dançando de acordo com a tradição, sem maxixar.

Teve de tudo: milonga, xote, vanera, chamame e, claro, o bom e velho bugio. Surreal, confesso, ver o Tchê Barbaridade executando um xote. Mas, assim, vale dar um voto de confiança ao Marcelo e sua turma. A proposta é simples: em CTG, só música de raiz, e bombacha. Fora dele, maxixe liberado.

Sejam bem vindos ao lugar de onde nunca deveriam ter saído, Tchê Barbaridade e Garotos de Ouro!
Fonte Blog. Roda de Chimarrão

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